As raparigas esquecidas

«As raparigas esquecidas» de Sara Blaedel não surpreende mas também não desilude. Cumpre na perfeição todos os requisitos do policial nórdico, com o seu estilo negro, directo e realista, desprovido de artifícios e floreados. Em 2015 mereceu o Gyldne Laubaer, o prémio literário de maior relevo na Dinamarca, graças a esta capacidade de se manter obedientemente fiel a um género sem perder a originalidade.

Através de uma narrativa cativante, que consegue manter o suspende nos limites de um ataque cardíaco, seguimos a investigação do homicídio de uma mulher de identidade desconhecida, encontrada abandonada numa floresta. Louise Rick, a agente da polícia encarregue do caso, representa na perfeição o ideal tipo do detective anti-herói, perturbado e moralmente ambíguo, que é a imagem de marca deste tipo de literatura. A investigação irá levá-la a explorar os meandros mais obscuros de uma instituição psiquiátrica estatal, o ambiente mais propício para se confrontar com os seus próprios fantasmas.

 

Título: As raparigas esquecidas

Autor: Sara Blaedel

Editora: Top Seller

Ano: 2016

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