O homem da areia

Lars Kepler é impróprio para cardíacos. Os livros desta dupla sueca têm o dom de elevar a adrenalina ao máximo, os acontecimentos sucedem-se a uma velocidade vertiginosa, as personagens caminham constantemente à beira do abismo, há sempre algo a acontecer que nos gela o sangue e nos leva a ler avidamente o capítulo seguinte. Foi assim nos três primeiros títulos da série, mas o quarto título, «O homem da areia», é sem dúvida o mais empolgante de todos, pois é aqui que o comissário Joona Linna finalmente defronta o seu implacável arqui-inimigo, o sinistro e excecionalmente inteligente serial killer Jurek Walter.

Uma das suas vítimas, um jovem desaparecido ainda na infância, que foi dado como morto há mais de uma década, acaba por aparecer a vaguear perto de uma linha de comboio, doente e subnutrido, sem ideia de onde esteve detido durante todo aquele tempo, mas com uma certeza: a sua irmã, com quem partilhou o cativeiro, está viva. Tem início uma corrida contra o tempo para a encontrar, o que vai obrigar o imaginativo comissário a tentar manipular o criminoso para o levar a revelar o paradeiro da sua vítima. Um jogo perigoso em que o caçador facilmente se transforma em presa, deitando tudo a perder.

“Cumpro a missão até onde for possível. Se morrer, não faz mal, pensa ela, com um súbito alívio”.

Título: O homem da areia

Autor: Lars Kepler

Editora: Porto Editora

Ano: 2014

areia

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